segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sobre Macacos e Bananas ou Como Conjurar Éris com Coca-Cola Zero

Postado pela primeira vez aqui.

Acordo. Olho o relógio. São 8:23 da manhã. Só mais cinco minutos. Acordo. Olho o relógio. São 8:28. Me levanto. Como algumas bananas acompanhadas com Coca-cola Zero.

Estou seguindo essa dieta rigorosamente desde o início da semana, na tentativa de manter mais triptofano no meu cérebro durante o dia. Segundo Aldous Huxley, nossa mente só consegue receber uma certa quantidade de informação diária, devido a fatores evolutivos, desenvolvidos na época em que éramos mais macacos que homens. E um bom jeito de “ver mais do que o normal” seria através de drogas alucinógenas. Robert Anton Wilson recomenda a maconha, embora não seja por muitos considerada alucinógena, porém reconhece o maior poder de outras, como o DMT, a salvinorina, o LSD, a serotonina e o LSA.

Como eu não quero “ver mais que o normal” atrás de uma jaula, ver o sol nascer quadrado, finjo ser um macaco a comer bananas, que contém triptofano, precursor biológico da serotonina. Engraçado, este é um arquétipo símio bastante pobre, semelhante ao que temos dos coelhos, de que comem só cenouras. Se fosse eu um macaco, além de quase não comer bananas, já estaria certamente atrás de uma jaula. Não parecem funcionar, tanto as bananas, quanto as jaulas, para qualquer fim que seja.

Mas, sinceramente, não sei bem para que serve a Coca-cola Zero.

Depois de um banho, já estou pronto. Corro para pegar o ônibus. No ponto, olho o relógio. São 9:23 ainda. Espero cinco minutos e pego o primeiro UFSC semi-direto que encontro. Um carro da Transol, de número 0235. Não sei para onde vão essas latas azuis no final do dia mas, com certeza, vão todas para o mesmo lugar. Devem ser muitas e, como são todas iguais, não só é inteligente como indiscutivelmente necessário numerá-las. No fim, o “0235” serve justamente para por ordem naquele maldito lugar, seja lá onde for. Ônibus nessa cidade nunca foram rápidos, ainda mais que o meu destino é o terminal viário do centro.

Chego. Olho o relógio. São agora 9:55. Demorei, pensei. Vou ao chafariz do terminal. Aqui, no terminal municipal, existe um belo chafariz, como que para entreter os passantes com a água que, além de não a beberem nem a usarem para refrescarem-se — certos estão eles, claro, afinal, não são animais, que nojeira seria! — só a vêem cair, cair e cair. Tentem fazer um chafariz aonde a água só sobe, sobe e sobe. Ai então vão realmente entreter os passantes.

Me sento em um banquinho, sorte de haver encontrado um. Um desses quadrados. Digo, cúbicos. Na verdade, chamam-no de “banquinho” por consideração, carinho. É um bloco de concreto que, ao brotar do chão, revestiram com cerâmica, dessas bem baratas. Mas ainda assim servem muito bem para sentar-se.

Espero. Olho o relógio. 10:05 ainda. Logo chega uma garota, não muito alta, não muito baixa. De um ruivo que confunde. Será que é castanho? Não, na luz parece mais um loiro escuro. Estranho. Veste um, lógico, vestido. Fantástico. De cor indistinguível para mim, já que sou daltônico. Daltonismo é algo engraçado. Todos pensam que faz a pessoa ver em preto e branco, enquanto que na verdade apenas confundimos alguns tons, trocamos algumas cores. No meu caso, por exemplo, confundo alguns violetas por azul, alguns amarelos escuros por verdes e uns tantos azuis claros por tons de cinza. Com certeza ela observa cores melhores que eu. É que o daltonismo está relacionado com um gene recessivo no cromossomo masculino. Quer dizer que mulheres passam a desordem aos seus filhos, mas só a manifestam os homens. Discreto, sinceramente humilde o vestido, como de uma dama oriental. Mas ainda assim, digo, fantástico. Ouso dizer, digno de uma divindade seria. No específico caso, o é.

— Vago está? — pergunta a garota, agora sem poder ter a idade reconhecida. Que absurdo, seriam dezenove anos? Seriam trinta?

— Claro, desde que não me arranque o sol — respondi.

Sentou-se no “banco” atrás de mim. “Atrás” é discutível. Estes assentos são perfeitamente simétricos, senta-se na posição que agradar. No momento, estava eu sentado de costas para o sol, abraçando minhas pernas de leve. Ela então senta-se no banco ao lado, mas de frente para minhas ensolaradas costas.

— O sol parado está, nem eu posso de lá o tirar.

— Falo sobre as ondas eletromagnéticas que emana, não quero que teu corpo produza obstáculo para as pobrezinhas até meu corpo. Absurdo seria se com isso o sol se deslocasse. Haveria motivo para que pudesses fazê-lo?

— Claro que sim. Digo, claro que não.

— Entendo. — Na verdade, porra nenhuma.

— Somente digo. Remédios psiquiátricos, os tomo. Tente evitá-los. Não vão te bem fazer.

— Que? — Me viro para olhá-la melhor, de espanto. Seria o português sua língua nativa? Pois não parece…

— Com essa tua dieta, haverias de várias dores de cabeça horríveis ter.

— Dieta? — Grandes olhos ela tem. Azuis ou cinzas? Talvez um verde muito claro. São como dois caleidoscópios.

— Bananas. Queijo nesses tratamentos também deves evitar. Se não queres enxaquecas ter.

— Mas eu não estou em nenhum tratamento desse tipo…. E como sabes das bananas?

— Não o sei. É tu quem sabes.

— Quem és tu?

— Com certeza psiquiatra não sou. Sobre a guerra de tróia, já leste?

Onde está?

Acordo. Olho o relógio. São 8:23 da manhã. Só mais cinco minutos. Acordo. Olho o relógio. São 8:28. Me levanto. Como algumas bananas acompanhadas com Coca-cola Zero…

terça-feira, 24 de março de 2009

Conforme explanado há 2 posts, meus dias estavam chegando ao fim neste blog; e com este terceiro post me despeço e agradeço a gentileza de me deixarem ser um dos escritores deste local.
todos aqui sabem onde podem me encontrar na internet, portanto sei q não sentirei, muito menos deixarei saudade.
Deixo este antigo lar com uma verdadeira Oração aos pesquisadores em mente, pois não há maior fardo que pensar sem colocar-se de um lado apenas.

Hail Ares

quarta-feira, 18 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Escrever o que?

Sinceramente, não entendi.

Este blog caiu no vazio, esquecimento. Sua era passou. O que está por vir talvez seja diferente, um nvo blog estava nascendo, o G1 Anafortt. Não farei promessas dizendo que darei atenção e farei posts nele, seria mentira. Estou em outros projetos no momento.

Minha última brincadeira...

8: Todos mudamos. Eu também. Fui aquele ser que caía nas graças de seu inconsciente e consciente, divertindo-se num playground e jamais querendo crescer e amadurecer. Eu ria daqueles que se entitulavam mestres, e quem me dera, não os considero mestres. Entendi o real significado de Mestre, aquele ser interior, o meu inconsciente e meu consciente. Mais ainda, entendi o real significado de ter parceiros de práticas, pessoas mais experientes que me apóiam e auxiliam. Talvez infelizmente para alguns, felizmente para mim, conheci novas pessoas (pessoalmente). Auxiliam em minhas práticas, guiam e o mais importante: cobram de mim um treino diário. Eu tenho tudo, menos disciplina. Com alguém ao me lado sendo chato e reclamando o tempo todo, deixo a preguiça de lado e faço o que deve ser feito. Em menos de um mês aprendi tranquilamente coisas que demoraria anos para aprender por conta. Sim, eu ainda condeno os falsos mestres. Mas louvo aqueles que nos auxiliam sem cobrar nada (ou quase nada) em troca e ainda por cima afirmam não ser mestres.
Aquilo que faço é igualmente irrelevante. Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Uns são pequenos obstáculos, outros nos guiam para um caminho correto. Finalmente, talvez eu esteja chegando lá, o caminho cuja trilha eu havia perdido há alguns anos.

No presente momento praticando rituais solares para chacras e aura, manipulação de elemento ar, escaneamento energético e físico (tentando me especializar em achar patologias), projeção mental, tarot, técnicas de cura, viajando no mundo onírico com runas... entre outros.


8.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Entrando pro G1

O G1 está de portas abertas!

Todos aqueles que quiserem entrar, basta adicionar group9392@groupsim.com no msn e responder corretamente a pergunta.

Acertando, entrará automaticamente no grupo.



8.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Algo óbvio com downloads.

Uma coisa que vocês certamente perceberam foi a extinção do yahoo groups do pão um dia antes de seu funcionamento. Tal fato, além de ser oriundo de problemas pessoais, surgiu de uma necessidade de inovação, seguir meu caminho. Sim, constantemente estou aqui falando sobre seguir meu caminho, mas sempre caía naquela monotonia (além do que magistas são extremamente egoístas e sempre passam a perna nos outros). O momento é o ideal.

O G1 - Grupo pão de queijonline também foi reformulado. Somos um grupo fechado, caso alguém quiser entrar terá que penar muito. E mesmo estando dentro podem haver "expulsões" (nesse caso o ex-membro pode pensar que ainda é integrante, mas ignore-o).
Como não quero que seja em vão o meu trabalho, a seguir disponibilizo 3 arquivos com textos para download. Conteúdo exclusivo para os membros do falecido grupo.

Coletânea de postagens sobre telepatia do blog

Palavras Iniciais - primeiro texto que receberiam via grupo

Pranayama e Meditação - Parte 1 - primeiro texto com práticas que receberiam via grupo


Há também um texto não finalizado sobre Psychokinesis. Caso alguém se manifestar a favor dele ou de futuros artigos, talvez poderei disponibilizar aqui, dependendo de meu tempo ocioso.


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G1 - Grupo pão de queijonline